quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Costurar corações



Ele: Esse coraçãozinho e precioso demais para estar muito tempo partido.
Ela: Ainda está estilhaçado, mas tou a ver se encontro uma cola, sem ser nas promoções. Para ver se aguenta mais.
ELe: You always got me.
Ela: És super-forte?
Ele: Coração não é de ferro.. por isso não enferruja.
Ela: O teu, é molinho como manteiga?
Ele: Se o souberes derreter...
Ela: Em banho maria para não queimar...
Ele: Estaria em boas mãos.
Ela: O que é preciso é cozinhar tudo com amor.
Ele: Amor, carinho, atenção e calma.

A Pianista




Só um outro filme deixou a mesma angustia: o Crash [David Cronenberg].
Só tenho est definição: angustia. Foi o filme todo assim.
Por detrás de máscaras, de efeitos virtuais e ilusórios escondemos o que queremos, o que julgamos ser as nossas fraquezas.
Só não conseguimos aquilo que realmente não queremos.
E é tão mais fácil não querer.
Como subir umas escadas, olhar para trás e pensar: "como fui capaz? Não mais serei capaz de subir com tanta garra e afinco. Foi só desta vez."
Olhar para trás e ter a vertigem fugaz que nos impossibilita de seguir em frente.
E é tão mais fácil dizer não sou capaz.
Cá de cima tudo parece mais frágil. Incolor. Insípido.

E que tal transformar isto numa frase mais optimista de uma vez por todas: Só conseguimos aquilo que realmente queremos.

[Tens certeza do que queres?]
O mundo está recheado de gente incompetente!

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

E foram alguns filmes estas ultimas semana:

Intermission [comédia, muito inteligente]




My Blueberry nights: [um dos meus favoritos]




E mais o mais recente: New York. I love you. [uma agradável surpresa para quem não viu paris, je t'aime]

Broken English




Nora e Julian:

Ele: Em que estás a pensar?
Ela: Nada.Estava a pensar no que disse a minha amiga Audrey, que não ia andar com mais ninguém.
Ele: Fiz-te mudar de ideias?
Ela:Andas com alguém agora?
Ele: Não, Agora não. Só contigo.
Ela:Mas sais com outras mulheres?
Ele: Se conhecer alguém de quem goste, sim. [pausa] Porquê? o que foi?
Ela: Nada. Claro que sais.
Ele:Tu não?
Ela:O que é isto? o que estamos a fazer aqui?
Ele:Estamos a tomar um banho.
Ela:E o que disseste acerca do amor.
Ele:Quando?
Ela:Antes. Estou apenas a tentar perceber se isto significa alguma coisa.
Ele:Não sei, Nora. Não temos nenhum contrato.... estamos apenas a conhecer-nos...



Em paris... (jean e nora)

Nora:Quais são as hipoteses de eu o encontrar? o engraçado, é que ao fim de algum tempo, já nem sequer procurava o Julian.Estava a fazer o que queria e soube-me bem.

Jean:Não é errado querer alguém que a ame. A maior parte das pessoas estão juntas, só para não estarem sozinhas. Mas algumas pessoas querem magia. Acho que é uma dessas pessoas.

NOra:Há algum problema com isso?

Jean:Nada, mas não acontece muito.

Nora:Alguma vez acontece?

Jean:Em primeiro lugar, tem de encontrar o amor e a felicidade em si.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Fotografia


Recebi esta fotografia ontem... e como é estranho, porque tenho sonhado com o Caminho de Santiago... e parece que sem sair de casa estou-o a fazer novamente.Alguém me disse isso e acredito, porque no dia-a-dia não temos tempo para pensar, quando se caminha em silêncio todos as coisas têm um contorno diferente.
Sonhei com os meus medos (não escrevo Medos, para eles não se tornarem grandes). Sonhei com um caminho cheio de lugares vertiginosos. Em que ficava parada no mesmo lugar sem conseguir parar de chorar. Sonhei estar a fazer o caminho sem mochila... com o medo de perder as coisas que me eram seguras. A minha mochila da identidade, do passado, das pessoas. Mas porquê estes medos, se no fim... olhamos e vemos a grandiosidade?